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sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

Imortal 2 - Herotomania confessa

Hoje eu pude ver o que eu jamais quisera
A imagem do nosso retrato desfigurada...
Oásis eu vivi contigo no mais belo encanto
Inesquecíveis momentos
Sonhos que não eram sonhos; era tudo tão real...
Não me importo com nada
Apenas mantenho a emoção viva dentro de mim
De te amar loucamente e ser amada
No imaginário que me recuso a sair.
Amor, me fizeste dar o mais belo sorriso
Agora, meu amor, me fazes sofrer como uma pecadora.
Aprisionada estou nas teias da saudade
Masoquista sou em te desejar.
Ontem tu traçavas planos para uma noite ardente
Tempos memoráveis
Em seguida tu me amavas intensamente
Na maior loucura da minha vida
Um marcante silêncio quebrado por gritos de êxtase
Mais! Vinho tinto sobre corpos inebriados
Cheirando a amor e a sexo
Ode, a mais bela ode compus a ti
Mas hoje me desespero por sua postura esnobe
Procuro motivos em cada vão da nossa história
Linda história...
Eu sei,, eu sinto que tu ainda me amas
Tudo o que vivemos não teve nenhum significado?
Ontem...
Definitivamente foi ontem
Em que fui a mulher mais feliz do mundo
Somente a morte, talvez nem ela
Vai ser capaz de me separar de você.
Agora sei, esta maldita doença, este poema, esta vida herotomaníaca
Imensamente me traz uma dor e um conforto, louco...
Risos pelo prazer a um completo entregar de corpos e de almas
Inconseqüentemente (em quimeras)
Ontem você me amou...


Lembranças de outra vida

Eu ainda lembro
Daquela chuva fria de novembro
Que batia em meu telhado...
Lembro-me de cada palavra dita
Magoando a fundo o meu coração,
Deixando-me sem saber
Quem era você de verdade
Que me amou ao primeiro instante
Depois me fez chorar
Saindo para vadiar noite a fora.
Meus sorrisos me foram roubados por você
Que simplesmente me desprezou quando eu mais precisei.
Você foi embora, não deixou nenhum rastro
Mesmo que de sangue...
Eu fiquei tão só,
Que sentada naquela porta
Vendo seu corpo sumindo dentre a neblina,
Chorei como jamais houvera chorado...
Confesso que os meus gritos
Em sonhos desvairados,
Eu acreditei que um dia ainda poderíamos...
Mas infelizmente não havia mais fé.
Foram muitas coisas perdidas
Aniquiladas
Em tão pouco tempo
Que pelo mundo ficarão perdidas sempre.
A sua ausência mudou o rumo da minha vida...
Eu quis morrer!
Meu coração está partido
Meu mundo  está esquecido...
Mas a estrada da vida continua
Nos mundos abstratos
E o que fica guardado no peito
É a história de um sentimento,
De um amor verdadeiro,
Embora ferido
Que está em mim
Onde quer que eu esteja.
Amei demais

Até hoje eu não sei o porquê da tua partida
Quantas vezes eu fui até a porta
Na esperança de te ver
Mas tudo havia se perdido na bruma do passado.
O que mais me dói é o adeus que você conseguiu roubar
Mas aquele adeus está aqui, preso em meu coração.
As nossas fotografias estão envelhecendo com o tempo
Tudo está se esvaindo
Tudo!
Até mesmo o amor...
Mas eu ainda olho teu retrato
Sinto saudades daquele tempo
Que éramos um só
Não quero este poema para lembrar-me de você
Mas que fique face os anais
Que existiu uma mulher
Que amou um ser mais do que a si.
Eu preciso correr disto, desta sombra
Que me atormenta...
A minha vida hoje
É o resto mortal do presente de outrora.
Eu não tenho medo do futuro
Você fez parte do meu passado
Do meu presente eu te arranco a sangue frio
Esta lágrima é a última
Eu me juro isso.
Você viveu
E agora morre nesta história.
Se em algum dia você
Acaso lembrar-se de mim
E vieres a ler isto
Não me procure
Sofra tudo o que eu sofri pela sua ausência.
Não é um troco
Não estou pagando na mesma moeda,
Eu que simplesmente agora
Não quero mais você.
Há tanta vida além destes versos
E eu optei por viver, simplesmente viver.
Chega de procurar o teu calor em outros corpos
Eu quero calor de gente real,
Gente que me ame,
Gente que me respeite como mulher
Não de um fantasma anguiforme.
Estou indo para um lugar
Que o pensamento em você não exista.
Talvez um dia o vento te leve este papiro em suas surdas asas
Com as palavras de alguém que te amou demais
Mais do que a si mesmo,
Mas que desistiu de te esperar...
... e resolveu viver...
Apenas versos

Não haverão mais versos
Que falem de amor
Versos transbordarão do meu peito
Como a dor de uma flecha perfurando meu coração.
Não haverá mais versos alegres
Versos serão escritos por si próprio
Com o sangue que se esvairá de meus punhos.
Versos serão reflexos de minha alma
Que procura incessantemente
Um significado
Para sofrer quando se ama.
Haverão versos
Que do coração arrancados
Se perderão nas surdas asas do vento
E no arcar do desejo
Os versos despedaçados
Sofrem pelo triste fado.
De sofridos prantos banhados
Estes versos meus
Estes versos teus
Tão pungentes
Estão vagando na sorte
À espera sabe-se lá de quê...
O amor se foi

Não posso mais olhar nos teus olhos
Não quero ver novamente
Um amor reprimido...
Parece que você não entende
O que há aqui no meu peito
Amor...
É impossível manter uma tocha acesa
Em meio a uma tempestade...
Ela se apaga
Assim como os sentimentos mudam...
O amor veio me pegou de tal maneira, que...
E da mesma forma
Não mais que de repente
Eu vejo/sinto que ele se foi...
Não desisti de você
Desisti apenas de ser feliz...
Talvez se eu pudesse parar o tempo para pensar
Se eu pudesse congelar fatos do passado
E fazer com que as rosas desabrochassem agora...
Eu faria...
Mas não dá...
O destino acabou com aquilo
Que um dia nos uniu
O amor...
E agora o que fica é a dor da saudade
Que crucia o meu viver.
Ferida viva

Oh! Talentosa Vida!
Por que fazes isso comigo?
Fazes descer lágrimas de sangue
Que queimam minha tez
O meu olhar
Numa matiz de verde zinabre
O mesmo olhar que te vê
Como uma atriz
A melhor de todos os palcos
Que diante de um mundo sofrido
Criou o destino
Para culpá-lo de suas artimanhas
E sair ilesa
Com um papel forjado, interpretado
Perfeitamente pela máscara da morte.
Oh! Vida!
Ferida viva que aprisiona
Em suas teias de seda
Os maus atores
E os pagam pela má interpretação
Com uma rosa,
Rosa negra banida pelo amor de Afrodite.
Vida bandida que rouba a cena
Como um cenário caindo sobre um ator;
Vida pesada que me encarcera
Com correntes mortais
Que deixam marcas
E me fazem carregar o triste fado
Sobre uma alma frágil
Sonhadora
Que veio para amar...
Vida! Vida! Vida!
Por que insistes em me fazer sofrer?
Não vais destruir o meu amor.
Oh! Dama Vida!
Mostre-me por detrás desta sua sofrida realidade
A tua verdadeira face
O teu verdadeiro retrato
O teu sorriso de mulher
Mostre-me quem és tu realmente,
Que já não mais existe
O veneno da dura da realidade
Restitua-me o retrato perdido
As claras verdades ocultadas
Numa triste máscara de palhaço.
Oh! Vida imortal!
Rogo-te na essência de tua existência
Imploro-te sem orgulho algum
Que me devolva o meu fascínio
O meu fascínio perdido no gris do tempo
É uma súplica de uma mulher apaixonada
Devolva-me
Por favor, devolva-me
Devolva-me o meu amor...
Silêncio

Sou prisioneira do silêncio de um quarto escuro
De coração partido e masoquista
Que se prende ao nada
De um mundo figurado.
O silêncio é tão pungente
Retrata uma vida mal resolvida
Os sorrisos são falsos
Feito a constante alegria dos coristas
Que mesmo tristes
Sorriem para as pessoas.
Os sentimentos se fundem e se confundem
Amor e dor
Numa complexidade
Que busco em minha alma
Interpretação.
Dor por um amor roubado pelo destino
É uma procura incessante de si próprio
Num palco abstrato
Onde a vida desempenha um marcante papel.
Minha alma
Vive em meio a um constante silêncio
Por lembranças que me atormentam
Deixando-me mais uma vez
Vulnerável ao ataque da solidão.
O sofrer é nítido,
Rubro!
Estampado em minha tez
Marcado por uma lágrima de sangue...
Um último grito ecoa
Do mais profundo de minha alma
Matar-me-á a solidão
Sem nenhum disparo.


Obsessão, Amor e Paixão


Há um ponto fraco em minha fé
Os sentimentos se fundem e se confundem
Sinais de fogo marcam minha carne
Atormentam minha alma
Na angústia masoquista vivida.
A vida se vai
Amor, sorriso falso
De tudo o que restou, a dor
Risos foram esquecidos, roubados
Ilusória esta vida bandida!
Afeto esquecido com rosas pisadas ao chão
Não!
A vida tornou-se um inferno sem você
Caindo num precipício sem volta.
Lá fora tudo é tão turvo
Agora estou presa num martírio
Um mal que me persegue
Diga, porque me prendes ao passado, amor
Inconscientemente estás aqui agora, minha amada
Amando-me, respirando o mesmo ar do que eu
Assim me invade a saudade cruciante
Sem você deveras, nada sou
Muito me angustiam estas léguas
Utopicamente te quero,
Linda dentre os meus braços
Harmonicamente fazemos amor, com e por amor
É tudo tão real...
Rimos enquanto o prazer explode
É a música que descende em nossos ouvidos...
Sofrida realidade
Diante a dor de tudo ser fantasia
Acabou!
Minha sina é louca e inimiga
Infernal, implacável!
Não apenas sofro; sigo a diante, morro!
História fatídica de duas vidas separadas pelo destino
Agora nada mais tenho a fazer
Vais para o maldito inferno longe daqui
Inda que eu peça para que fiques.
Depois de tudo,
A verdade é nítida
A razão já não mais importa
Muito que sofro!
O afeto se perdeu
Vejo ao longe sumires dentre o gris do inverno
Ouço o murmúrio das folhas agitadas
Cá estou, estagnada
Esperando que o sol volte a raiar, se é que voltará
Sonhando em te reencontrar em algum lugar do mundo...



O ADEUS DA MORTE


A partir do dilúvio que você me causou
O vento que sopra em minha alma
É frio, vago
Em meio a uma tarde gris de outono.
O que sinto é vazio e fechado para o novo
Pois a mágoa e amor
São o que inteiramente residem em meu peito.
Por mais incrível que pareça
Eu não tenho mais lágrimas
Meu estoque já se esgotou
Pelas tantas vezes que me fizestes chorar
Com um sofrer amargo
Que tornou meu coração partido.
As duras lembranças
Me fazem desmoronar
Como um castelo de areia
Sob a fúria das águas do mar.
O retrato colorido que me destes
Agora é um PB
Envelhecido, esfumaçado
Por anos a fio que decidistes
Morrer para mim.
A minha vida também ficou em preto e branco,
Porém, não como teu retrato,
Pois ele mesmo velho
Me alimenta com o mesmo amor
Que me encantou no passado
E que me mata um pouco a cada instante.
Todas as noites,
Solitária,
Meus olhos sem rumo
Percorrem a escuridão do meu quarto,
O nada...
Procurando uma explicação lógica
Para você ter me deixado.
É tão pungente esta dor,
É tão real...
Por quê???
Um sentimento tão lindo
Que fiz de tudo para que se realizasse
Mas você o reprimiu
Se dizendo que era pouco pra mim,
Mas não era...
Quero que sejas bem feliz
Mas que morras de uma vez por todas
Para mim,
Aquela que sempre te amará.
O despontar da noite chegou
E já que só lhe tenho em sonhos
Eu vou tirar aquilo que me acorda todos os dias numa manhã gris,
Tirar-me-ei a vida
Dormirei para sonhar que estou contigo eternamente.
Estou enfraquecendo
Vendo o mundo ao meu redor escurecer,
Minha cabeça rodar,
Meus olhos pesarem,
Mas é por amor que meu sangue mancha este papel
É por amor que meu sangue se esvai dos meus punhos
Eu tentei te esquecer,
Mas infelizmente
Ou mesmo felizmente,
Eu não consegui...
Eu te amo muito...
Perdoe-me...
Adeus...

quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011


Imortal

Razão esquecida no retrato da minha paixão
Tempos passados pelos atalhos errantes
Ode refletida da imagem viva da tua alma
Estampada nos vestígios de sangue
Sempre consumidos pelas doces lembranças que me ferem.
Amor, por que fazes isso comigo???
Amor ferido pelas metáforas errantes vívidas
Mas com véus para ocultarem as verdades
Na vaidade da máscara da morte vital
Oásis em meio à sofreguidão
Anos a fio vivendo numa quimera
Amor sonhado; reprimido no surreal
Mas vivido no marcante silêncio de um quarto escuro.
O ontem esquecido no cálice da bebida mortal
Ressurge com o sabor amargo das teias da saudade
Insistindo numa certeza incerta
Mortal diante os sorrisos falsos
O eterno acalanto de uma história sem fim
Rasgada em mil pedaços de uma vida
Triste ferida sangrando
Amor vivido pela eternidade afora
Lívida ou cheia de nuanças; apenas existente
Procurando pelo espírito de um mero fascínio
O silêncio do segredo do retrato perdido
Refletido pelas mudas lágrimas que molham o espelho
Ternura lunática de si
O mais envolvente sabor do fel
Do amor que fez da minha morte
A maior certeza da minha vida
E também a razão da minha vida poética
Tendo uma magia inexplicável
Em tudo que choro, tudo que vivo, tudo que rio
Realidade fantasiada pelo seu idílico descante
No tocar da tua mão em minha face
Inesquecivelmente sussurrando um “eu te amo”
De uma voz firme e doce... inefável...
Amor ferido, reprimido por ti, mas vivido por nós
Diante as mais letais armadilhas do destino
E da Dama Vida e do Senhor Tempo que não ousaram tentar apagar a chama do nosso amor...