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sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

Amei demais

Até hoje eu não sei o porquê da tua partida
Quantas vezes eu fui até a porta
Na esperança de te ver
Mas tudo havia se perdido na bruma do passado.
O que mais me dói é o adeus que você conseguiu roubar
Mas aquele adeus está aqui, preso em meu coração.
As nossas fotografias estão envelhecendo com o tempo
Tudo está se esvaindo
Tudo!
Até mesmo o amor...
Mas eu ainda olho teu retrato
Sinto saudades daquele tempo
Que éramos um só
Não quero este poema para lembrar-me de você
Mas que fique face os anais
Que existiu uma mulher
Que amou um ser mais do que a si.
Eu preciso correr disto, desta sombra
Que me atormenta...
A minha vida hoje
É o resto mortal do presente de outrora.
Eu não tenho medo do futuro
Você fez parte do meu passado
Do meu presente eu te arranco a sangue frio
Esta lágrima é a última
Eu me juro isso.
Você viveu
E agora morre nesta história.
Se em algum dia você
Acaso lembrar-se de mim
E vieres a ler isto
Não me procure
Sofra tudo o que eu sofri pela sua ausência.
Não é um troco
Não estou pagando na mesma moeda,
Eu que simplesmente agora
Não quero mais você.
Há tanta vida além destes versos
E eu optei por viver, simplesmente viver.
Chega de procurar o teu calor em outros corpos
Eu quero calor de gente real,
Gente que me ame,
Gente que me respeite como mulher
Não de um fantasma anguiforme.
Estou indo para um lugar
Que o pensamento em você não exista.
Talvez um dia o vento te leve este papiro em suas surdas asas
Com as palavras de alguém que te amou demais
Mais do que a si mesmo,
Mas que desistiu de te esperar...
... e resolveu viver...

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